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UM COMEÇO…

Guinê Ribeiro, Don Perna e Negro Lamar
Guinê Ribeiro, Don Perna e Negro Lamar

A Casa Preta surgiu do encontro de quatro jovens no estado do Pará em 2008, jovens negros das periferias do Brasil que se encontraram em Belém do Pará. Rafael Gomes e Don Perna vieram de Campinas (SP), Negro Guinê e Negro Lamar de São Luiz (MA).

Don Perna veio para o estado do Pará trabalhar com inclusão digital através de um programa do Ministério da Comunicação, porém ele já tinha 10 anos de trabalhos comunitários com percussão e tecnologia social num quilombo urbano em Campinas, na Casa de Cultura Tainã.

Negro Guine era professor de dança afro e rapidamente se conectou com a ideia de apropriação tecnológica fazendo o entrelaçamento da tecnologia e da dança afro em seus trabalhos em territórios quilombolas.

Negro Lamar naquele momento já acumulava 15 anos de Movimento Hip-Hop, sempre atuando como cantor e articulador social em todo Brasil e Rafael Gomes resolve tomar outros rumos ainda no inicio do projeto.

A amizade e a militância entre os três cresceu com o passar do tempo e as atividades do movimento negro e movimento Hip-Hop pela cidade se fortaleceram. Negro Lamar e Negro Guine também passaram a prestar serviço na área de tecnologia para o Ministério da Comunicação. Don Perna os convidou para dividir o aluguel de sua casa e abriu suas portas para criação de um espaço coletivo que apresenta-se atividades culturais e sociais para a comunidades ao redor. O apelido “Casa dos Pretos” com o tempo passou a ser “Coletivo Casa Preta” dando a visão de realidade de velhos sonhos de Don Perna, que era de criar uma casa de cultura, sobretudo uma casa que agrega-se pessoas pretas que quisessem sonhar. A partir de  2012 ela passa a ser uma entidade jurídica e aos poucos vai dando sua contribuição para a juventude negra e periférica de Belém. Com o passar de alguns anos o Coletivo Casa Preta passa a estabelecer uma relação de harmonia com a comunidade ao seu redor, harmonia potencializada pela premiação de um edital do Ministério da Cultura e Pronasci.

E a confecção de Tambores em 2011 se torna um marco importante para o coletivo, agregando novas pessoas a luta. Depois de alguns anos,  Negro Lamar e Guinê ganham estrada indo plantar novos projetos em outras terras como Manaus e Espírito Santo, mas Don Perna foi ficando e o Coletivo Casa Preta passa a ter novos integrantes, grafiteiras, trançadeiras, músicos e arte educadores.