O Coletivo Casa Preta, mesmo a Pandemia em 2020 esteve se preparando para mais uma iniciativa cultural no estado do Pará, e dessa vez ela chegou em Canaã dos Carajás. Através do projeto PERIFERIA VIVA ( fomento nº 14/2020 – emenda impositiva nº 011/2019), entre os dias 02 e 14 de Novembro esteve realizando diversas oficinas como construção de instrumentos, musicalização, construção de bonecos e fantoches, teatro, dança, elementos da cultura Hip-Hop como graffiti e rodas de conversa sobre agroecologia e saúde alimentar, além de promover conteúdos digitais sobre literatura e estética afro.
Para realização deste projeto a Casa Preta contou com seus integrantes Don Preto, educador popular e coordenador do projeto, Ana Oliveira, interprete em dança e produtora executiva e o musico Dipreto, também educador popular e assistente de produção. Porém também esteve trazendo mais três convidados de fora do estado; Coletivo Amazonizando através de Suane Brazão e Ivamar Santos, artistas pretos que circulam em todo o Brasil na força do Marabaixo de Macapá e Mestre Jorge Rasta, artesão, educador popular e coordenador da Casa do Boneco de Itacaré (BA) a 31 anos.
O PROJETO PERIFERIA VIVA atuou tanto nas zonas periféricas quanto áreas rurais. São eles: Bairro Vila Bom Jesus e Vila Nova Jerusalém e Planalto. O projeto funcionou como um laboratório de produção cultural, envolvendo artistas, jovens e pessoas interessadas em aprender, compartilhar e trocar saberes da cultura popular, sempre com o viés da promoção de ações afirmativas nas questões raciais e nas questões de gênero.
Com a demanda do autocuidado nesse momento pandêmico que estamos vivendo, a Casa Preta esperou que as oficinas estimulassem o equilíbrio da saúde mental através da arte, produzindo conteúdos artísticos que potencializaram as diversas atividades culturais que foram desenvolvidas nas comunidades que receberam o projeto, servindo como modelo cultural de intervenção na periferia na difusão do conhecimento livre, da cultura popular e da cultura como saúde.
